drakemberg

A visão longinqua daquela muralha, que corre de norte para sul ao longo da Africa austral,e à  qual nunca cheguei.ficou-me a recordação.assemelha-se,À  escarpa da chela,Angola,que tem a seus pés o deserto da namibia, que contempla, há¡ milhões de anos numa estenção de cerca de 150 kilometros.

terça-feira, setembro 27, 2005

Porto Alexandre

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Era a maior povoação digna desse nome,a mais a sul de todas.Angola terminava com o farol da Ponta Albina,e mais abaixo, de raspão junto à fronteira,a Baía dos Tigres finalizava-a mesmo.Paragens desertas e inòspitas.O farol da Ponta Albina albergava lá um hóspede de peso, era em simultâneo faroleiro e preso ao mesmo tempo.Paradoxo dos paradoxos,mas Angola ao tempo era rica em paradoxos.A creatura para ali estava naquela imensidão e ainda por cima com mordomias do estado.Vièmos a saber depois que se tratava do Sr.Simão Toco,este senhor era nem mais nem menos que um poderoso patriarca religioso que, aglutinava ao tempo milhares e milhares de seguidores,pràticamente em todo o norte de Angola,e até para lá da fronteira pois os povos das duas zonas eram os mesmos Quicongos.Quem estava em Angola ao tempo sabia bem o que era o tocoismo.O que é curioso é que o homem estando preso,era em simultâneo funcionàrio do estado português com a categoria de faroleiro.Os mantimentos faziam-se-lhe chegar da seguinte maneira.No período das marés vivas e em plena vazante,o jipão fazia-se à praia e era vê-lo com o prego a fundo a calcurrear a distancia que nos separava do farol.O cabelo flanava qual bandeira em desfralda, o peito ao léu recebia os ventos marítimos como um bàlsamo, contrariando o ar seco e abafadiço do deserto; foram tempos de vida em plenitude.as trocas eram feitas e raramente se podia fazer a viagem de regresso na mesma vazante esperando pois pela seguinte.O homem à despedida abriu-se-nos, num sorriso franco,e bom.E lá fomos.

segunda-feira, setembro 05, 2005

A linda cidade do Namibe

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A planura deserta,se espraiava por todo o horizonte visual.Essa planície deserta,findara ali no terminal ferroviàrio da linha que de Serpa Pinto nos trouxera até há cidade de Moçamedes.Era chegado pois a um local totalmente desconhecido para mim.A cidade,era de típica traça colonial portugueza: muito bem alinhada,bonita e os edifícios que não ultrapassavam os três quatro andares.Saíra para o exterior da estação ferroviària.Dou de emediato comigo numa alameda bastante longa,que finalizava ao cimo pelo cine Moçamedes,a meio para quem subia situava-se o café restaurante Oàsis, vim a saber depois ser o ponto chique da cidade.Lá haveria de ir mais tarde.Do lado direito, erguia-se o edifício dos correios e mais acima o Club Naval. Local previligiado para eventos de toda a ordem,e dava directamente acesso à praia que ladeava toda a avenida.Como sempre aguardava-nos a sargento,que logo nos levou para o Destacamento militar daquela zona.Ia ficar por ali os próximos três meses.O destacamento ficava a cerca de quatro kilómetros que corriam sobre picada construida em areia matéria prima abundante por aquelas paragens.E era ali mesmo que o quartel fora implantado.Era bonito e diferente parecia o quartel da legião estrangeira em pleno Saahra.Conhecera muitas pessoas:O Moreira e suas filhinhas,Lena e Fernanda ai Fernandinha,Fernandinha.Revi e convivi com uma família belga que já conhecia de Luanda àquando da enxurrada,da independência do Congo ex Belga.Madame Coupain e seus muchachitos: Allan,Jean Jaques, Gaston,Arllete e la petite Cristianne.Aquela!! Com quem me envolvi mais tarde presenteou-me com um desquentamento de gancho de se lhe tirar o capéu fquei com a pixa que parecia uma rolha de champagne acabada de sacar.Ao tempo, todavia era possível a qualquer fulano, ir á farmácia e aviar-se de qualquer medicamento, no caso 10.000 unidades de Atralcilina que logo era injectada sem mais perguntas.A outros recorri: nitrato de prata para a flor do Congo, doença da pele, extremamente peganhenta que ataca as virilhas,Permânganato de potàssio para lavagens da piça imediatamente após acto sexual duvidoso,injectando-se o liquido pelo furo de dita até há bexiga.E para terminar a linda mucubal, que com frequência me visitava, era a minha lavadeira,amante,e amiga.Mal pressentiam a chegada de militares novos a qualquer quartel,era vê-las, já tem lavadeira minino,e a gente escolhia,era como escolher uma namorada.Foi assim em Luanda, Huambo,Noqui,Lubango e agora no Namibe.