drakemberg

A visão longinqua daquela muralha, que corre de norte para sul ao longo da Africa austral,e à  qual nunca cheguei.ficou-me a recordação.assemelha-se,À  escarpa da chela,Angola,que tem a seus pés o deserto da namibia, que contempla, há¡ milhões de anos numa estenção de cerca de 150 kilometros.

sábado, novembro 19, 2005

O adeus à terra dos chicoronhos

Estava exactamente no ponto em que, estivera vinte meses antes.Isto é! Fodido. Mas, ainda bem, agora que Angola estava em marcha, rumo à mudança.A uma tempestade sempre se segue uma bonança.A aceitação dessa permissa é natural,por isso, ia ficar naquela terra, para meu bem, ou para meu mal.Eis-me pois fora do quartel,e do contexto que isso pressupunha.Livre teso,ou antes; com vinte e dois escudos, o que sobrara, depois do espólio e do acerto de contas com o estado português. Sem malas a atrapalhar, caminhei rumo à cidade que, distava dali cerca de quatro kilómetros,passeei pela cidade,caminhei pelo picadeiro acima e abaixo,fui até há senhora do monte,neste deambular, o dia, se foi esfumando e a noite caiu.A vontade de comer reapareceu,o orçamento era escasso; mas eu geri-o da seguinte maneira.Primeiro que tudo fui comer uma fifana com todos,à boa maneira portuguêsa(não sei quando voltaria a cometer tal proesa).A seguir, vejam só! Fui ao cine *Tropical estourar com o resto e ver o filme que estava lá em exibição.

Northen to Alasca

A Terra das Mil Aventuras

titulo em português

Depois do cinema acabar de bom gosto lá continuaria até à manhã seguinte,tal era o vazio que sentia.A noite já ia longa, e eu não tinha onde pernoitar.Começou aí, mais um periodo complicado da minha vida a coisa devia estar suspensa sobre mim desde que nascera.O povo chama-lhe o destino! Mas eu tinha planos lá isso tinha; e não ia abdicar deles de maneira nenhuma.O meu rumo era Luanda! Mas antes, teria que assegurar a pernoita e foi o que fiz. Procurei a padaria lá do sitio.Nunca falhava! E não falhou mesmo! O padeiro concedeu-me asilo até de manhã,e ainda passei pelas brasas.De manhã quando agradeci,e me despedi,presenteou-me com alguns pães quentinhos,uma dàvida dos céus.Logo que deixei a padaria, rumei para a primeira saida da cidade para norte, e aguardei, pacientemente,por um caminhão.A boleia em Àfrica era coisa corrente,sò tínhamos que, ser prestàveis no caso do carro se atolar,e acima de tudo;não adormecer durante a viagem,o chauffer não o suportaria.Palrador,palrador era como eles queriam os penduras. ajudava a amenizar, a monotonia, de kilómetros e kilómetros sobre terra batida, à velocidade de quarenta cincoenta km hora.Eram as estradas ao tempo! Picadas em terra batida,com trilhos e vermelhonas; ôcres.

No local aprazado,o sinal internacional de boleia foi feito. Quando o caminhão parou,Luanda perguntei! Huambo!Respondeu o chauffer, Aproveitei! Descontava assim cerca de quinhentos kilómetros ao pecurso que tinha pela frente.O motor da Volvo rugiu,respondendo assim, ao pedal carregado a fundo,levantando a focinheira qual traineira em mar revolto.Estava assim começando algo novo. Horas depois o balancear tornou-se monótono,e o silêncio da paisagem exterior,era cortado pelo brrun brrun que troava do motor em movimento.Começara ali a desmanchar um nó que atara meses antes. Um nó com duas pontas como todos os nós,só que agora apresentava-se-me com vàrias pontas todas intrigantes.Tinha escolhido uma! E estava tentando desmanchá-lo através das picadas ôcres de Angola.Saíamos duma invulgar zona montanhosa,e a paisagem amorteceu visualmente.isto é!Tornou-se amena.Uma aldeia surgiu no horizonte.Paràmos! O chauffer encaminhou-se para lá.Negócios certamente. Foi o momento aprasado para mim.Puchei ràpidamente o banco para tràs e como esperava lá estava o que procurava? Bacalhau,massa de meadas,e arroz.Comi o que pude às mãos cheias,assim como bacalhau,os géneros alimentícios transitaram ràpidamente, via esòfago e foram alojar-se calmamente no estômago.Ali já se encontravam e em profusão àcidos que há horas os solicitavam com veemência.Esta fuzão produziu-me uma sensação indiscritível de bem estar,em seguida e para ficar perfeito bebi uma dose generosa de àgua,estava preparado par mais umas horas.Estas viagens tiveram o condão de se gravarem de maneira indelével na minha mente.Várias fiz e com grande grau de dificuldade, sempre no fio.Por isso sempre que as relembro elas me aparecem como um filme em ecrã panorâmico,que feliz que eu sou,quando isso me acontece Angola

sexta-feira, novembro 11, 2005