O adeus à terra dos chicoronhos
Estava exactamente no ponto em que, estivera vinte meses antes.Isto é! Fodido. Mas, ainda bem, agora que Angola estava em marcha, rumo à mudança.A uma tempestade sempre se segue uma bonança.A aceitação dessa permissa é natural,por isso, ia ficar naquela terra, para meu bem, ou para meu mal.Eis-me pois fora do quartel,e do contexto que isso pressupunha.Livre teso,ou antes; com vinte e dois escudos, o que sobrara, depois do espólio e do acerto de contas com o estado português. Sem malas a atrapalhar, caminhei rumo à cidade que, distava dali cerca de quatro kilómetros,passeei pela cidade,caminhei pelo picadeiro acima e abaixo,fui até há senhora do monte,neste deambular, o dia, se foi esfumando e a noite caiu.A vontade de comer reapareceu,o orçamento era escasso; mas eu geri-o da seguinte maneira.Primeiro que tudo fui comer uma fifana com todos,à boa maneira portuguêsa(não sei quando voltaria a cometer tal proesa).A seguir, vejam só! Fui ao cine *Tropical estourar com o resto e ver o filme que estava lá em exibição.
Northen to Alasca
A Terra das Mil Aventuras
titulo em português
Depois do cinema acabar de bom gosto lá continuaria até à manhã seguinte,tal era o vazio que sentia.A noite já ia longa, e eu não tinha onde pernoitar.Começou aí, mais um periodo complicado da minha vida a coisa devia estar suspensa sobre mim desde que nascera.O povo chama-lhe o destino! Mas eu tinha planos lá isso tinha; e não ia abdicar deles de maneira nenhuma.O meu rumo era Luanda! Mas antes, teria que assegurar a pernoita e foi o que fiz. Procurei a padaria lá do sitio.Nunca falhava! E não falhou mesmo! O padeiro concedeu-me asilo até de manhã,e ainda passei pelas brasas.De manhã quando agradeci,e me despedi,presenteou-me com alguns pães quentinhos,uma dàvida dos céus.Logo que deixei a padaria, rumei para a primeira saida da cidade para norte, e aguardei, pacientemente,por um caminhão.A boleia em Àfrica era coisa corrente,sò tínhamos que, ser prestàveis no caso do carro se atolar,e acima de tudo;não adormecer durante a viagem,o chauffer não o suportaria.Palrador,palrador era como eles queriam os penduras. ajudava a amenizar, a monotonia, de kilómetros e kilómetros sobre terra batida, à velocidade de quarenta cincoenta km hora.Eram as estradas ao tempo! Picadas em terra batida,com trilhos e vermelhonas; ôcres.No local aprazado,o sinal internacional de boleia foi feito. Quando o caminhão parou,Luanda perguntei! Huambo!Respondeu o chauffer, Aproveitei! Descontava assim cerca de quinhentos kilómetros ao pecurso que tinha pela frente.O motor da Volvo rugiu,respondendo assim, ao pedal carregado a fundo,levantando a focinheira qual traineira em mar revolto.Estava assim começando algo novo. Horas depois o balancear tornou-se monótono,e o silêncio da paisagem exterior,era cortado pelo brrun brrun que troava do motor em movimento.Começara ali a desmanchar um nó que atara meses antes. Um nó com duas pontas como todos os nós,só que agora apresentava-se-me com vàrias pontas todas intrigantes.Tinha escolhido uma! E estava tentando desmanchá-lo através das picadas ôcres de Angola.Saíamos duma invulgar zona montanhosa,e a paisagem amorteceu visualmente.isto é!Tornou-se amena.Uma aldeia surgiu no horizonte.Paràmos! O chauffer encaminhou-se para lá.Negócios certamente. Foi o momento aprasado para mim.Puchei ràpidamente o banco para tràs e como esperava lá estava o que procurava? Bacalhau,massa de meadas,e arroz.Comi o que pude às mãos cheias,assim como bacalhau,os géneros alimentícios transitaram ràpidamente, via esòfago e foram alojar-se calmamente no estômago.Ali já se encontravam e em profusão àcidos que há horas os solicitavam com veemência.Esta fuzão produziu-me uma sensação indiscritível de bem estar,em seguida e para ficar perfeito bebi uma dose generosa de àgua,estava preparado par mais umas horas.Estas viagens tiveram o condão de se gravarem de maneira indelével na minha mente.Várias fiz e com grande grau de dificuldade, sempre no fio.Por isso sempre que as relembro elas me aparecem como um filme em ecrã panorâmico,que feliz que eu sou,quando isso me acontece Angola