Uma história à Rocambole
Já por ali andava há vários meses. E; quer se quisesse, quer não algumas inimizades, eram compatíveis com a situação de stress permanente.As amizades estavam seguras; mas o mesmo não acontecia com as inimizades,era preciso cuidado com elas.Era o que acontecia, com a inimizade que o sargento Figueiredo nutria por mim.Por dá aquela palha, lá estava ele com ameaças,e mais ameaças.Já ouviste falar em veteranos?Pois é; aí o tinhas, não hás-de perder por esperar.E se melhor eu o pensava um dia aconteceu o inevitável,e a promonição surgiu na forma de algo como que!Étereo e fluido.E aí estava eu, em frente ao cenário.Esse tal de Sargento utilizava a piscina nas horas de menor movimento, um dia vai para lá para a sua auto lição de aprendizagem,e passou para o lado oposto da rede de protecção.Isto é:para o lado mais fundo e inclinado da mesma.Acontece que ;sapos rãs e animais correlativos estavam em periodo de desova e então toda a piscina estava inundada por milhões de ovos aprisionados na sua baba peganhenta e escorregadia.era como se na piscina tivessem vazado milhares de claras de ovos.Estás a ver o homem escorregou e na sua aflição debateu-se contra aquilo que parecia inevitável e o único espectador era eu, e debateu-se; com os olhos esbugalhados olhava para mim como a suplicar.-- Soube calcular o momento exacto!E mergulhei até ao fundo arrastando o homem para a protecção da rêde.Casou e teve filhos. Dez anos depois encontrei-o em Luanda com a esposa!E o comentário saiu disse ele para a esposa referindo-se a mim: estás a ver; este é aquele cabo de que te falei e que me salvou a vida.Ele seguiu a vida dele, e eu a minha! Nunca mais o vi.