drakemberg

A visão longinqua daquela muralha, que corre de norte para sul ao longo da Africa austral,e à  qual nunca cheguei.ficou-me a recordação.assemelha-se,À  escarpa da chela,Angola,que tem a seus pés o deserto da namibia, que contempla, há¡ milhões de anos numa estenção de cerca de 150 kilometros.

terça-feira, janeiro 25, 2005

O embuste

saguin.jpgA partir daquele desaire,se já ouviamos as rádios:Moscovo,Checoslovaquia,e Brazaville,mais as ouviamos a partir de agora.É certo que havia muita propaganda,mas depois de tudo filtrado,ficàvamos com uma panoramica mais aproximada do que estava a acontecer na relidade.Do nosso lado nem sequer nos explicaram o que tinha acontecido aos colegas que nunca nais voltaram.E era dever deles!Estas escutas já vinham de longa data; desde que comprara meses antes um rádio de onda curta em Matadi.E era vê-los depois das onze da noite juntarem-se de volta da minha tarimba,e ensopavam, qual esponja,os mais pequenos resquissios de informação oriunda daquelas paragens.Certo dia como que à guiza de aviso,O alferes Castro, sai-se com esta? Nosso cabo cuidado com as reuniões de volta do seu rádio.O aviso, vindo de quem vinha, até tinha uma razão de ser.Aquilo que nos paxava para junto do rádio,era nem mais nem menos que o assalto ao Santa Maria,por um tal Henrique Galvão.Parece que andava uma fragata atrás dele,lá para os mares das Caraíbas.Portugal estava sem dúvida numa encruzilhada da História. Fiquei a pensar,e a repensar.E no dia seguinte sentado junto ao farol que guiava a navegação rumo ao porto seguro de Matadi.Dei comigo, a apreciar os esforços de um Fuka Fuka, com o seu cone arenoso bem composto, exalando uma hormona chamativa,afim de atrair ao embuste qualquer insecto desatento.Então era ver o frenezim,catapultando areia para as paredes do cone, até fazer a victima deslizar até ao fundo do dito, onde o seu fim era inevitável.Era o que se passava connosco, e com eles.Nós armàvamos ciladas esperando que eles caissem nelas.E eles,por sua vez armavam-nas tambem,esperando por sua vez que nós caíssemos no logro.Era um embuste.Aliás todas as guerras são isso mesmo;embustes.Ao por do sol, era ver os falcões e os açores,rondando as grutas; à espera da saida massiça aos milhares de morçegos, caindo sem dó nem piedade sobre eles a alta velocidade.A fartura era tanta, que se davam ao luxo de esventrarem a víctima, afim de lhe retirarem uma viscera qualquer deixando cair o resto;repetindo a operação até se satifazerem completamente.Por isso a nossa passagem por este planeta mais não é que embuste, atrás de embuste,esperando que outros caiam neles.

1 Comentários:

Blogger Mary disse...

Olá... Venho agradecer as suas palavras!! A sua neta tem muita sorte...espero que continue a ser um avô sensivel e compreensivo. Sim, vou escavar o meu íntimo o mais que eu poder. Obrigado.

PS- O comentário não tem a ver com o texto. Não tive tempo para ler.... Mas vou ler

6:24 da tarde  

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