drakemberg

A visão longinqua daquela muralha, que corre de norte para sul ao longo da Africa austral,e à  qual nunca cheguei.ficou-me a recordação.assemelha-se,À  escarpa da chela,Angola,que tem a seus pés o deserto da namibia, que contempla, há¡ milhões de anos numa estenção de cerca de 150 kilometros.

terça-feira, janeiro 11, 2005

((((Uma noite para esquecer))))

O ano de 1961 não parava de me surpreender.O tempo da tropa turística já era.Tinha passado.Chegara ali em Setembro de 1960.Piscina todos os dias ,ginástica de manutenção,e à parte os problemas de ordem natural contra os quais não metemos estopa.Tudo corria ao sabor dos ditâmes;e ritmo que a própria natureza impõe,ne far niente era o lema.Dos que ali estiveram e eram só militares de incorporaões locais pretos e brancos.vem-me há memória a célebre passagem de ano de 60 para 61.Um navio fundeado nas águas calmas do rio,puzera-se a buzinar.Do outro lado de Matadi a mesma coisa.Nós atiràvamos tiros para o ar ;mas o melhor estava para vir.Lá para os lados do faroleiro,ouvia-se musica africana.Quando digo musica africana,refiro-me àquela toada dolente,tão caracteristica de Africa.alguns de nós dirigimo-nos para lá!O ambiente estava de partir,de cortar há faca.Todos nóa íamos bêbados pretos e brancos.Lá ao som da vitrola dançava-se algumas mulheres eram congolezas.Pois bem entràmos na toada.O cheiro a catinga delas, deles, e de nós "porque os brancos,em Africa, tambem catingavam",misturado com alcool, o fumo do tabaco,liamba, e sexo era o máximo.O que mais me impressionou foi ver todos os que ali estavam,como que num estado hipnótico.Naquela noite fomos todos irmãos!Não sei quando começou mas sei que durou toda a noite.Não sei como ,mas como que por magia,a partir das tantas da madrugada a musica se fixou sempre na mesma toada e se manteve assim toda a noite.Não sabiamos se eramos nós que as seguràvamos, ou elas que nos seguravam a nós.O sexo corria livre.Tinham a rata quente e funda.E foi assim toda a noite.Quando de madrugada já perto do raiar do novo dia nos dirigimos para o quartel,a cantar e a praguejar,espalhamo-nos a esmo por toda a àrea do passadiço superior em madeira,que rodeava o quartel e por ali ficàmos a dormir até às tantas indiferentes ao perigo que corriamos.Nem admoestados fomos.