drakemberg

A visão longinqua daquela muralha, que corre de norte para sul ao longo da Africa austral,e à  qual nunca cheguei.ficou-me a recordação.assemelha-se,À  escarpa da chela,Angola,que tem a seus pés o deserto da namibia, que contempla, há¡ milhões de anos numa estenção de cerca de 150 kilometros.

domingo, outubro 31, 2004

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As Nórdicas

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69231_30rdy.jpgMeses antes tinha chegado ao Congo, pessoal das Nações Unidas Militares, paramédicos,e pessoal de apoio.Entre eles,passàmos a conhecer duas enfermeiras,nórdicas muito bonitas que frequentavam, uma, duas vezes por semana, a piscina local.A mesma frequentada por nós nas vagas de serviço.Pareciam duas,aparições.Naquele ambiente bronco e sujo.Eram como sereias,a deslizar aos nossos olhos.E nós desfaziamo-nos em exibições aquáticas e subaquáticas, para as impressionar. Elas muito alvas de pele, nós escuros qual mestiços.Claro está, que elas despertavam impulsos de carácter lúdico!E mais os despertavam, quanto mais inacessíveis nos eram.Nunca ninguém soube como? Por artes mágicas,um dia apareceu lá pela caserna umas cuequinhas duma delas,e então corriam a caserna todas as noites e era ouvi-los! Vão-ma buscar que me estou a vir.Ai mãezinha ajuda-me etc,etc.Antes desta cena, já era costume acontecer o mesmo; despertados que eram os sentidos, com a leitura de livros que, corriam a caserna a toda a hora.Como os contos eróticos de: Cassandra Rios


Livro que alguem comprasse era certo que corria toda a caserna.É desse tempo o previlégio que tive,em ler alguns dos melhores da minha vida.Como por exemplo:Geopolítica da Fome,Amok a escrava do silêncio,24 Horas da vida de uma mulher,O Escaravelho Vermelho,O Despertar dos Màgicos,Hagganah o Exercito secreto de Esrael,O Delírio da carne de Cassandra Rios e A Vigèssima Quinta Hora etc,etc,
No Geopolítica da Fome, Por exemplo: os malthusianos e posteriormente,os neomalthusianos fazem o confronto da produção de alimentos e outros bens no mundo,e o aumento demogràfico do mesmo,Algumas estatísticas,punha em confronto com números.É elementar e percebe-se que a humanidade caminha para um bêco sem saída,a longo prazo e previam um futuro terrível para o mundo.Josué de Castro contrariava estas teorias,contrapondo as suas.Este falava da vitória da fartura sobre a fome,aflorava já, o aparecimento dos híbridos,milho,trigo e outros cereais,que apareceriam mais tarde;dava para o futuro alimenter da humanidade grande destaque ao Soja.Quem estará certo! Incógnita.Diziam aqueles? Percebem-no as mentes superiores:senão vejamos! No tempo de cristo,a população mundial levava quinhentos anos para dobrar,isto porque das guerras constantes que dizimavam por milhares e milhares de seres,as epedemias e toda a casta de doenças,que levavam outro tanto,e agora tudo isso foi vencido,doenças; vencidas, ou retardadas ao máximo,guerras ,havê-las a tendência é para destruição de objectivos militares.Por tudo isso a população dobra de setenta em setenta,ou de cem em cem anos.Na dècada de cincoenta,já eles os neomalthusanos diziam? Os países ricos da Europa,Àsia e América,seriam evadidos por hordas,e hordas,já não de hunos!Mas de famintos pacíficos dos Países pobres de todo o mundo.Para essa evasão,Há època fornecia uma data,de ficção que apontava para a dobragem,do sèculo,ou seja o ano dois mil.A data vai-se vendo que de ficção não tem nada e de facto a evasão começou.Por isso quem terá razão?Eles os neo,ou Josué de Castros que tão bem documenta os seus pontos de vista no seu livro."Geopolítica da Fome

Bom-dia Matadi

Naquela noite demos conosco a conversar animadamente.O assunto visava a ainda recente independência do Congo Leopoldville,agora; Kinshasa,e a adaptação a que o evento nos obrigara.Alias as ordens emanadas das patentes superiores eram claras,no sentido de ser-mos; corteses,e cordiais para com as autoridades do novo,aliàs noví
ssimo país.Qualquer atrito seria inconcebivel.Estàvamos sediados no posto fronteiriço de Noqui,a escassos quatro kilómetros da cidade portuària de Matadi.Este porto embora fluvial era de impotância vital,para toda aquela região e recebia navios de grande porte.Era lá que estava sediado o comando congolês do baixo Congo.As visitas ao nosso lado eram frequêntes.Era vê-los,quatro, ou cinco soldados sentados no jeep,e o oficial de pé direito como um pau numa pose austera de militar superior.Era curioso e motivo de riso; pois faziam a continência aos cabos,e ignoravam os oficiais;claro que nós não nos fazia-mos rogados e respondia-mos com uma continência à boa maneira Lusitana.Tivemos que engolir muitos sapos.

quinta-feira, outubro 28, 2004

*******Os dias se passavam*******

Eram passados quatro dias e da patrulha que rumara ao Tamboco nada.As rações de combate que tinha-mos levado já há muito se haviam eclipsado. Ora sem comida, e sem qualquer motivação que,justificasse a nossa permanencvia naquele local! Estava montada uma cena de merda.E ela não tardou! A cara começou a encovar,e na mesma proporção a barba a crescer.Goiavas havia com fartura;e começaram a ser de consumo obrigatório,e destroçadas em doses macissas.Esta fruta,alberga frequentemente lagartos; muitos lagartos,arredados sem parcimónia,e conssumida de seguida.Esta fruta muito saborosa,Tinha um inconveniente !prisão de ventre ,e cagar nada.Para contrariar esta tendência , começámos a consumir limões em doses generosas,para contrabalançar.

segunda-feira, outubro 25, 2004

sexta-feira, outubro 22, 2004

A Fada Negra

<b>Não era preciso, ser uma grande inteligência para constatar que a fada negra tinha descido aquela terra.A fada negra visiona-se na eminência da morte.Aliàs ela é mesmo a personificação da morte.descrevo-a como a vejo.
Era velha! De olhar agudo e frio,de olhos sem côr,e lábios glaciais.Tomou-me em seus braços sepulcrais,sobre seu seio ermo e vazio.Longamente me uniu à sua face fria,oh como a minha alma se estorcia,sob seus beijos,dolorosamente!Onde os lábios pousou logo a carne se mirrou,e encanesceu-se-me o gelo de seu bafo secava mais que o fogo mais ardente.Com seu olhar sem côr,que me fitava,a Fada Negra me coalhou o sangue.Dentro em meu coração inerte e exangue um silencio de morte se engolfava...e volvendo em redor olhos absortos,o mundo me pareceu uma visão,um grande mar de névoa,de ilusão,e a luz do sol como um luar de mortos...Como o espectro de um mundo já defunto,ou com a cor de um moribundo.Dentro em meu coração se fez um buraco enorme,e nesse abismo senti ruir cataclismo dum universal desabamento,..Razão velha de olhar agudo e cru e de hálito mortal mais do que a peste! Pelo beijo de gelo que me deste Fada Negra pela a agonia daquela hora em que vi baquear tudo o que se adora,e vi de que noite é feita a luz do dia.

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terça-feira, outubro 19, 2004

As incertezas da tropa

»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»»«»«Depois da separação da patrulha, Entretivemo-nos a vereficar, com mais promenor o local onde nos encontrava-mos.Nunca soubèmos a motivação do comando,na execução de tal ordem.Ali; pura e simplesmente, não havia nada de relevante na nossa maneira de ver.Uma aldeia a escassos dois a três kilómetros dali, gente pacífica.Notàmos tambem que a zona era rica em goiavas,limões e mangueiras ,aquelas regorgitavam de frutos estas ,nem tanto assim.por infelicidade,nos dias que se seguiram,pudemos vereficar dado que percorríamos os caminhos que por veredas nos levavam a lado nenhum.Descobrimos tambem o que pode fazer uma alimentação pràticamente à base de goiabas e limões.Isto deveu-se ao facto de termos ido para uma patrulha de quarenta e oito horas, e quize dias depois ainda por ali andar-mos.As coisas lá para os lados do Ambrisete e Tamboco não teriam corrido muito bem.Tinha-mos levado rações de combate para dois dias! pois é; e elas se esgotaram ràpidamente.A ração de combate era mais ou menos isto:uma caixa em cujo interor se encontrava um conteudo científicamente testado, e ainda por cima made in Portugal. No seu interior dizia,encontravam-se latas de sardinhas,e atum de conserva,barrinhas de fruta cristalizada,com glicose e ainda, bolachas de água e sal,comprimidos para pôr-mos na água etc etc.

sábado, outubro 16, 2004

((((Os Tan-Tans))))



Rio-congo2.jpg
Como já dito no post anterior a noite já havia tombado hà muito.Luz não havia, mas não era assim uma falta tão dramática.A noite no hemisfério sul é crepuscular naquela època do ano,o que permitia vislumbrar com facilidade silhuetas movimentos etc.Mantinhamo-nos em silencio absoluto, para melhor decifrar-mos a miríade de sussurros e ruidos que a noite africana encerra.Ele são: pios,sussurros,fricções,marteladas, risadinhas etc.Já madrugada dentro quando cochilàvamos num sono de superficie;Diz o soldado Rios?Óh malta escutem; na realidade ouvia-se ao longe,muito longe mesmo os tan-tans e de várias direcções o que mostrava à evidência uma frenética comunicação entre as populações das aldeias distantes. De tempos a tempos e de vàrias direcções segundo a direcção das brisas nocturnas,iniludíveis cânticos eram perceptíveis .Era como se as moleculas do ar que repiràvamos exportassem para dentro de nós promonições e medos,que nos criavam receios e nervosismo.

quinta-feira, outubro 14, 2004

O Alferes Fraga

Para ali ficàmos os três sem luz, a conversar pela noite dentro,é certo que a noite por aquelas latitudes é crepuscular.Teciamos comentários sobre o material bélico à nossa disposição,neste ponto falàvamos sobre a granada de estilhaços, ou granada defensiva decorrente desta conversa dizia o cabo Ferreira?---Parece que ainda estou a ouvir o Alferes Fraga,a explicar o nomeclatura do artefacto.Quando lhe pergutavamos para que serviam as cores que guarneciam os pequeninos rectângulos que guarneciam a mesma.Ele com ironia respondia-nos assim;O verde alface,é para as indisposiçõe do fígado,o vermelho grená é para os gulosos pois simula a groselha,e o castanho é broklas para os que têm prisão de ventre,de qualquer modo quando prjectados limpam o cagar a todos percebem.

terça-feira, outubro 12, 2004

Aguenta Rios

Chegados que fomos à povoação deserta do Lufico.Fomos de imediato informados por ordem superior do desmembramento da patrulha em duas.uma seguiu para o Tamboco outra ficou ali mesmo no Lufico.Nesta me iclui eu ,o Rios e o cabo Ferreira.Interrogàvamo-nos com praguedo ;dado que o local era deserto ,e,não fora aquela casa; e mais uma ou duas,aquela tipo westerns dado que era toda em madeira e acentava magestosa num terreno aconcavado e liberto de ervas em toda a volta.Ficamos sem viatura; rações de combate para dois dias.E armamento a contento.O Rios gritava, a plenos pulmões dizendo que os gajos eram doidos! Referia-se evidentemente aos comandos e nós corroboravamos fazendo couro ;cabões .Para nossa defeza,não fosse o diabo tecê-las, tnhamos ficado com vasta profusão de artefactos bélicos uma metralhadora Madsen as tradicionais espingardas, e várias granadas de estilhaços deflagráveis este artefacto era muito perigoso por causa da cavilha .Eu explico:era oval,com cabeça onde se articulavan os mecanismos, como:alavanca,mola, e percutor.O corpo era coberto por fissuras ou sulcos quais meridianos na vertival e na horizontal formando com as intercessões pequenos rectangulos. eram estes rectângulos quando projectados que decepavam pernas braços visceras etc.

domingo, outubro 10, 2004

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Neste momente o jipão rugia pelas picadas que nos levariam ao Lufico e Tamboco.Eu e os meus camaradas dos quais lembro o célio cabo Ferreira e o alferes Flores.Sabia-mos que a coisa... já tinha deixado de ser brincadeira há muito tempo.Era visível e notório pelos apelos que até nós chegavam via rádio e a que nós tinha-mos acesso, eram medonhos.A perspectiva que nós tínhamos era que estava em marcha uma chacina acompahada de um banho de sangue. e foi neste cenário tenebrosa que tinhamos saido naquela tarde.

sábado, outubro 09, 2004

Chumbo no pé Célio

O ruido rouco e cavo do jipão fazia-se ouvir.Vamos, vamos cabo Célio chumbo no pé.O jipão rodava já a grande velocidade.

Era incrivel como era possivel andar a tais velocidades em semelhante caminho;dois trilhos paralelos qual linha de comboio invertida com uma rasoavel fundura.Eram kilometros e kilometros O espectaculo deixado pelo pó que em rolos fantasmagóricos se levantavam num espectáculo assas; de rara beleza.Movimentavamo -nos nesta vasta area poligonal que; abrangia M"Pozo,Lufico,Tamboco,Pedra do Feitiçoe a base onde estavamos sediados que formava um autentico enclave encrevado entre as montanhas do baixo Congo,o Rio do mesmo nome e as florestas do norte de Angola .Para mal dos meus pecado era este o teatro da nossa actuação.



quinta-feira, outubro 07, 2004

Estamos em movimento sem sair do mesmo sítio

Antes de nos por-mos a caminho ainda olhei para tras a tempo de ver um daqueles bichos horripilantes tao abundantes na proteina em decomposiçao sair por uma narina e entrar pela outra em breve tereis companhia pois Africa! Em Africa melhor dizendo è rapida a limpeza dado o grande numero de necrófagos.

quarta-feira, outubro 06, 2004

Drakemberg a visão doutro tempo

nada se desperdiça é dos livros.Tudo se metarfoseia nesta quimica poderosa que do infinito passado veio, e que para o infinito futuro vai.Pensei! nao és nada pá!Como é que te deixaste envolver nesta merda.Fui subitamente acordado desta letargia,pelo cabo Celio.A caminho a caminho--repetiu ele.E como que acordado duma sindrome qualquer,repuchei o lenço verde que sempre usava,nestas missoes de soberania para tentar preservar um Imperio que durava já há quinhentos anos mas que se começara a desmoronar.Repuchei como acima disse o lenço para a boca.A finalidade era obvia.O pó levantado pelas viaturas em movimento rápido era uma nuvem expessa que pairava no ar durante tempos infindos,este gesto protegia-nos da infiltração do dito nos pulmoes ,eram assim as picadas em Angola ao tempo que lá estive.Tdavia outras funçoes lhe eram atribuidas como por exemplo adicionar ervas para atenuar o cheiro a morte que naquele local era, assas, bastante intenso

segunda-feira, outubro 04, 2004

Os Ventos e os contra Ventos Nº 1

Indo à causa abismàtica passada,verifica-se,que de centenas em centenas de anos,a história faz os seus acertos.Primeiro lança as brisas.Depois,os ventos.A esses ventos cosignou-se chamar-lhe os ventos da história.Mas como uma causa,origina sempre outra de sinal contràrio,surgem os contra ventos.era isso que estava a acontecer,por estas bandas.E pensei!...


Estávamos no recuado ano de 1960 e,não sei porquê as imagens ocorreram-me de novo à mente.Lá estava ele estendido sobre o chão quente e tòrrido,pernas e braços retezados até onde a imaginação se volatiliza.E pensava eu !Como num ùltimo e derradeiro pedido de clemência...O corpo era já cadáver há alguns dias,encontrava-se de barriga para o ar e prestes a esvasiar-se do seu conteúdo;tal era o estado de retesamento e deformação em que se encontrava .Parecia que uma simples picadela da baioneta faria fluir todo aquele caldo fétido e purulento do qual aquele invólucro se antevia cheio.Os measmas moviam-se livres.Aliás fazem mesmo parte do misterioso processo da proteina em decomposição final.O livro, abria-se-me quàse Sacrossanto, cada acontecimento,ali estava inscrito, pronto a acontecer a seu tempo.Angola estava a ser desvastada; e fazendeiros e suas famílias foram decepados e esventrados que podias tu fazer para o evitar. Não estava isso inscrito no livro! Tu mesmo foste colonizado por vários povos em tempos idos. E que fizestes não os expulsastes à espadeirada,ele foram Fenícios, Cartagineses, Romanos, àrabes, Espanhóis, Celtas etc. Ainda há meia dúzia de anos os Mau-Mau no Quenia pelo mesmo mètodo massacraram os fazendeiros europeus. Este planeta é a minha terra, é a tua é a de todos os humanos. Não é assim com as aves e todos os outros animais para os quais não existem fronteiras.