drakemberg

A visão longinqua daquela muralha, que corre de norte para sul ao longo da Africa austral,e à  qual nunca cheguei.ficou-me a recordação.assemelha-se,À  escarpa da chela,Angola,que tem a seus pés o deserto da namibia, que contempla, há¡ milhões de anos numa estenção de cerca de 150 kilometros.

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

A despedida

Como estava anunciado,Procedeu-se à rendição de alguns efectivos,com transferência de Unidade.Estàvamos a trinta de junho.Naquela tarde depois das três da tarde lá fomos nós;depois das despedidas,de conformidade; não vou deixar, de destacar as despedidas de uma pessoa que, mesmo com uma perna partida,fez questão em vir ao navio, despedir-se do cabo que tempos antes o encobrira,e fê-lo,com estas palavras?Nosso cabo fico-lhe em favor.Se precisar de alguma coisa em Luando não se prive de me contactar!E deu-me um cartão de visita.Não chegou há foz do rio.Este favor escondia em nèvoa uma traição que eu fizera ao meu amigo Vasconcelos.E como há um ano atràs lá embarcàmos de novo na Pacheco Pereira.Aquilo não era pròpriamente um cruzeiro de férias,e eu que gostava de viajar fosse em que condições fossem.Na proa para ver o que vinha à ré para ver o que ia.Era um resquissio que me vinha de creança.E foi assim que me despedi daquelas escarpas,daquelas picadas e dos perigos que escondiam.Do rio que tanto me impressionou,pela virilidade com que a natureza o dotou.Das congolezas com seus panos multicores,e caracteristícos os chamados Congos.E saudades de outros contacto de natureza mais carnal.A fragata já estava em movimento, e aproximàmo-nos da primeira curva do rio á esquerda; e que até há horas atràs formou a minha linha do horizonte visual,que durava já há dez meses.Disse efectivamente,adeus àquela terra para sempre.Era muito bonito aquele rio!A diversidade natural era arrebatadora.As canoas de pesca recatadas que estavam,da corrente,dedicavam-se à faina da pesca cujo espècime mais emblemàtico daquele rio era sem dúvida sua magestade o BAGRE.As dragas sempre a removerem o sedimento do fundo afim de o nanter sempre navegàvel.Os pinos luminosos formando como que uma autoestrada,por onde se devia navegar.Era dele que toda aquela parte de Africa dependia, no seu comércio com o exterior.Foi tambem por ali que Diogo Cão subiu creando feitorias comerciais em MCDLXXXII assinou diziam acordos de outorga com a rainha N"jinga e N"gola Kiloange,e foi tambem ai que tudo começou para o mal e para o bem.O estuàrio Com sua boca enorme,despejava no Atlantico toda a àgua que provinha do interior do Continente.Atlantico que nesse momento recebia, um esplendoroso Pôr do sol como só Africa pode oferecer,o sol já tinha iniciado a viagem a partir do trópico de Cancer e brevemente cairia a pique sobre o equador.No seu estretor,reflectia até nós raios côr de laranja,como que a espreguissar-se de mais um dia.No horizonte a noite crepuscular aproximava-se.navegàvamos para norte e não para sul como era previzível. A resposta,há dúvida não tardou.Quando fomos despejados para outro barco que nos aguardava no horisonte.A Fragata afastou-se ràpidamente para sul,até desaparecer do nosso campo visual.Continuàmos pois a navegar para norte;e o barco em questão era nem mais nem menos que,o vèlhinho 28 de maio.Este navio afundou-se anos depois nas costas da Namibia ao largo de;Walvis Bay.O veio da màquina em movimento causava uma vibração terrível era como se o navio se movimentasse arrastando-se no fundo.

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