drakemberg

A visão longinqua daquela muralha, que corre de norte para sul ao longo da Africa austral,e à  qual nunca cheguei.ficou-me a recordação.assemelha-se,À  escarpa da chela,Angola,que tem a seus pés o deserto da namibia, que contempla, há¡ milhões de anos numa estenção de cerca de 150 kilometros.

segunda-feira, maio 30, 2005

O portugues o bom improvisador

Ao nascer do sol já estàvamos a pé.A anhara estava tranquila,dormíamos nos postos administrativos, em casa de colonos que íamos encontrando etc.Era incrivel, como os portugueses se fundiam com o meio.Era vê-los nos sítios mais recônditos daquela terra.Eram, sobretudo comerciantes e creadores de gado, que na zona havia em profusão.Concebidas pelos portugueses,havia enormes chimpacas,que no período das chuvas acumulavam no seu bojo milhões de metros cubicos de água, que eram sugados para os bebedouros, por bombas manuais, onde o gado se descedentava,vi por lá umas três ou quatro,destas enormes armazenagens de água.Estas patrulhas ao contrário das do norte,tinham mesmo um carácter mais humanitário,e desemvolviam-se da seguinte maneira: chegados a uma senzala,pedia-se a comparência do soba,do régulo,ou do século.Cumprimentàvamos a autoridade máxima da aldeia; e a pergunta sacramental saía?Então soba o teu povo tem queixas a apresentar contra os colonos,se houvesse eram ali mesmo discutidas e depois confrontadas com os colonos em questão; seguindo-se um aconselhamento.Antes de abandonarmos o povo era dado ao soba para toda a aldeia sal,rebuçados e outras gulozeimas para as creanças.E era assim por todas as senzalas por onde passàvamos.Um dia tivémos encontro com um civil branco, que era nem mais nem menos que um guia de caça. Ofereceu-se para uma caçada
fotogràfica connosco, o alferes levava uma daquelas máquinas de oito mm antiga ,cujas reportagens eram no máximo três a quatro minutos. Ao inicio da tarde lá fomos no jeep pela savana dentro,a velocidade era de oitenta, noventa kilómetros hora; e isto pelo capim dentro pois nem picada havia por ali,ia-se pura e simplesmente em campo aberto.O calor era abrasador! Os avestruzes corriam à nossa frente projectando com violencia seixos contra o jeep do tamanho de ovos de galinha!A gritar o guia dizia? Prepare a máquina meu alferes temos à frente um solitário . Um solitário era um enorme búfalo,que se via ao longe, de cornos ao alto e a mirar-nos.Paràmos! depois apròximàmo-nos mais um pouco,ouvia-se nitidamente o animal a fungar,esta cena é inesquecível porque à distância que estava,não era totalmente nitida a silhueta do mesmo.Era como se a imagem tremulinasse em pleno ar, como se estivesse aos saltinhos, como se Deus,a fizesse passar por uma peneira enorme,e de rêde muito fina,e a peneirasse em movimentos horizontais e a mesma nos surgisse,com aquele efeito,inítido e rebarbativo tão comum nos desertos. Queria transmitir-te o meu estado de espírito na ocasião,mas não consigo! Mas vou tentar! Estás a ver aquela cena do filme Laurence da Arábia! quando o actor está junto ao poço de água em pleno deserto da arábia? Quando ao longe surge aquele baduino todo vestido de preto,montado num camelo,pois o efeito era precisamente esse com a imagem bailando no espaço como suspensa por mão divina.

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